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Archive for setembro \29\America/Sao_Paulo 2011

 

Quero você – sem preposição encravada

entre verbo e objeto.

Dessa forma, coisa posta assim,

Querer sem a é desejo, posse.

É verbo transitivo a exigir complementos.

Ação sensual e impositiva, vista desse modo.

É toque, lábio correndo braço,

Abraço em corpo aberto.

Mas, acrescentada a preposição a,

Sabe-se lá por que motivos intrínsecos,

Explícitos, acidentais desta vida,

Repleta de afazeres e desfazimentos,

Querer de posse passa a afeto.

Quero a você é amor sublime, imagético,

Não há desejo, força física, fluidos

Fraquezas pecaminosas

A enrugar lençóis.

Este é o nosso amor:

Emparedado em complementos verbais.

Sem você, de que natureza for,

Sou um verbo perdido em meio ao texto,

Incompleto, intransitivo,

Impraticável.

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O “Diretoria Its”, programa sobre educação/vestibular com o professor Ricardo Russo, vai ao ar todos os sábados, às 15h, na Rádio Record SC 1470 AM.

Professor Ricardo Russo apresenta programa Diretoria ITS

Professor Russo apresenta programa Diretoria ITS

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É comum as pessoas dizerem: Este livro é para mim ler. Qual o equívoco? O certo é para eu ler. Simplesmente não observamos que o mim torna-se o sujeito de ler. Pelas leis da gramática, mim e te não funcionam como sujeitos da ação. Logo: Para eu fazer, para eu ler, para eu escrever. Mim e tenão praticam ação. Logo, mim não passa no vestibular; mim não namora, mim não vai a jogo de futebol. Eu, sim, passo no vestibular. Estudo para eu passar no vestibular. Na verdade, isso parece língua de índio: Mim Jane, tim Tarzã…

Os alunos irão reclamar: Que diferença faz, todo o mundo entende quando a gente diz pra mim fazer? Ah, sim, vocês acham mesmo isso? Então vejamos:

Imaginem que um colega faça o seguinte convite:

Vou-te convidar para tu comeres lá em casa.

Tu é sujeito de comer. Logo, praticará a ação de degustar o alimento cozido. Trata-se de pronome reto, digno feitor de ações. Trocando para o pronome oblíquo:

Vou-te convidar para te comer lá em casa.

Mudou alguma coisa? Penso que sim. Agora o convidado, de agente da ação de comer, passa a ser o cardápio. Moral da história: Quando convidarem vocês para comer, perguntem se é com o reto ou com o oblíquo. Gentilmente, vai-se primeiro com o reto e, depois, mete-se o oblíquo.

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Em entrevista ao programa DIRETORIA ITS, da Rádio Record, sábado dia três, a pró-reitora de ensino da UDESC, Sandra Makowiecky declarou que as mudanças no vestibular da UDESC buscam dar mais visibilidade à Universidade. Ela considera que a adesão às avaliações nacionais (ENEM) é inevitável.

O vestibular da UDESC tradicionalmente era vocacionado. Além da prova convencional na primeira etapa, o candidato deveria dominar aspectos ligados à Santa Catarina e também à futura profissão numa segunda etapa. A redação, por exemplo, sempre abordava assunto ligado à área de interesse. Desse modo, recebia duas correções, uma do professor de português e outra de um profissional da área. O futuro administrador, portanto, precisava conhecer algumas ideias básicas dessa profissão, inclusive dominar um vocabulário específico.

Isso mudou completamente agora. Com o objetivo de usar o SISU (Sistema de Seleção Unificada, baseado nas provas do ENEM), a UDESC implementou as mudanças que tornam seu vestibular igual a qualquer outro. Serão 120 questões, com uma redação convencional. Segundo a pró-reitora, a redação a ser exigida será o modelo dissertativo.

Por ser uma universidade estadual, a adoção do novo modelo muda a característica central deste vestibular: não haverá mais o privilégio de assuntos locais. Perguntada pelo professor Russo, apresentador do programa, sobre críticas que a Universidade poderia receber da comunidade, Sandra deixou claro que a Instituição deve ser democrática, aberta e universal. Não há razão para, o que chamou, de uma reserva de mercado.

A pró-reitora também destacou o fato de que, em alguns cursos, haver vagas não preenchidas, em função de os candidatos serem eliminados, ou seja, serem descartados. A adesão ao SISU possibilitará que vestibulandos de qualquer parte do país possam se inscrever nestes cursos. O fato de tornar a prova comum universaliza o conhecimento e facilita o acesso de alunos à Instituição.

A UDESC até agora não aderiu ao ENEM, nem parcialmente, como fez a UFSC. O plano de adesão ao Sistema está previsto para 2013.

Ainda segundo a pró-reitora de ensino, a criação de cursos novos está em discussão, no entanto descarta o curso de medicina. Sandra deixou claro que não existe plano para abrir esse curso na UDESC.

 

prof. Antônio Ricardo Russo, apresentador do DIRETORIA ITS, da Rádio Record AM

 

PROVA DA UDESC

data: 20 de novembro

provas: 1ª prova pela manhã, com 60 questões; 2ª prova na tarde, com mais 60 questões e a redação convencional, modelo dissertação.

inscrições: de 1º a 30 de setembro

www.vestibular.udesc.br/

 

SISU

É o Sistema de Seleção Unificada, gerenciado pelo MEC e baseado no rendimento do ENEM. Pelo Sistema, os alunos escolhem as instituições onde querem estudar, em função do seu aproveitamento. Os resultados do próximo ENEM servirão para o ingresso no próximo semestre.

Até o momento, 48 instituições de ensino superior participam do Sistema. Delas, 19 são federais; 4 estaduais; 23 institutos federais e dois centros federais de educação.

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texto alternativo gramática ortografia

Assim como existem pessoas com semelhanças, na aparência ou na personalidade, as palavras também possuem suas parecências. Esse é o velho problema da SESSÃO e da SEÇÃO. Com o cedilha, temos o verbo seccionar, parte do todo: seção de esportes do jornal, seção de RH da empresa.

A sessão (assim, com tantos ESSES) é reunião de pessoas: sessão da Câmara dos Deputados, por exemplo. Essas palavrinhas possuem a mesma pronúncia, mas diferentes grafias, são conhecidas como HOMÔNIMOS, no caso, HOMÓFONOS.

Este não é o caso de ESTADA e ESTADIA. Aqui temos palavras próximas, mas escritas e pronunciadas de maneira diferente. É comum encontrarmos nas divulgações dos hotéis promoções na estadia. Ora, estadia é para veículos; gente é estada.

A palavra OBCECADO não é da mesma família que OBSESSÃO. Por isso, uma se escreve com C e outra com S. Alguém dirá que português é a pior língua do planeta, que não tem lógica. Ocorre que obcecado vem de CEGO, isso explica o C. Portanto, pessoa obcecada está cega por algo.

OBSESSÃO e OBSESSIVO são da mesma família e querem dizer determinação. Desse modo, o obsessivo é aquele indivíduo que sabe o que quer. Já o obcecado está completamente cego.

Há uma doença: TOC (transtorno obsessivo compulsivo). Curiosamente, o obsessivo compulsivo nada mais é do que o obcecado. Dessa maneira, a doença deveria chamar-se TO, ou seja, transtorno obcecado. Bem mais simples.

Essas palavrinhas parecidas, que pertencem a famílias diferentes, são conhecidas como falsos cognatos.

É preciso muito cuidado no trato com as palavras: devemos usar apenas as conhecidas, para não cair em armadilhas.

 

prof. Antônio Ricardo Russo

 

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